Hoje é domingo, e como eu teria lhes dito hoje tem o primeiro capítulo de minha "web-série". Devo confessar que fiquei um pouco receoso para postar, o que de longe é o capítulo mais polêmico do livro. Depois do prólogo, muitas pessoas vieram perguntar se o livro seria sobre minha vida e quero deixar bem claro antes de continuar a postar mais capítulos do "Canal Amarelo" para vocês.
Vocês ainda não tiveram oportunidade de perceber, mas a série se baseia um pouco na ficção. Mas ainda assim, existe um personagem que foi totalmente inspirado em mim (que por sinal, ele ainda não apareceu - e nem vai aparecer até o capítulo de número três). Ou seja: "George é um personagem totalmente aleatório e não liga para os julgamentos que vai receber."
Palavras do próprio.
Para ler o capítulo, clique em "Mais Informações".
CAPÍTULO 1
A festa de
aniversário
Tinha
sido um dia corrido e o posterior também prometia bastante correria, seguido de
uma enorme celebração. Era o aniversário de minha melhor amiga, tivemos que
esconder alguns preparativos de sua mãe, o que era complicado, mas de certa
forma era bem divertido.
–
E então? Trouxe? –
Perguntou ela interessada em saber sobre as bebidas de seu aniversário.
–
Falei com o Jonathas para comprar e levar disfarçadamente para o lugar lá. Já
tem alguém organizando a decoração? – Depois de tanto tempo escondendo as
intrusas, alguém precisaria mostrar-se presente no lugar da festa para recebê-las,
e sem dúvidas tal alguém não poderia ser a mãe de Pâmela.
Eu
me pergunto se algum dia as pessoas vão conseguir fazer aniversário sem
precisar beber qualquer percentual que seja de álcool, chega a ser até
engraçado.
Pam
era minha melhor amiga desde que eu era criança, lembro muito bem de vários
momentos que passamos juntos mesmo quando éramos pequenos, e quando eu digo que
“éramos pequenos” refiro-me a quando tínhamos por volta dos seis anos. Sem
mentira alguma, ela sempre foi de beber e fazer coisas erradas desde seus
quatorze anos, mas tinha lá suas fragilidades. Na realidade, ela é uma das
pessoas mais frágeis que já havia conhecido.
Seguimos
caminho e fomos diretamente ao local da festa. A decoração do local estava
ficando perfeita. As luzes neon mostravam diante a luz negra bem posicionada em
algum local da sala suas cores vibrantes e fosforescentes, e as doze mesas
rústicas deixavam o ambiente mais romântico que de costume, era realmente
lindo. Acertamos os últimos detalhes e seguimos cada um para suas casas na
intenção de aprontar-se e ter a “melhor noite de nossas vidas”.
O
relógio bateu 21 horas e eu precisava me aprontar para a festa que começaria
dali a algumas horas. Me levantei da cama e comecei a me organizar, em poucos
minutos eu estava pronto, então segui para o local da festa, me surpreendi
quando vi aquelas pessoas que eu não via a bastante tempo subir as escadas,
resolvi então sentar em um dos bancos existentes n’aquela praça e ficar
pensando em qualquer coisa.
Caóticamente
perfeito. Este era o estágio da festa, o tipo de ambiente que me fazia sentir
bem. Poucas pessoas, a maioria delas conhecidas e estranhamente estranhas assim
como eu, mas não tão estranhos. Passei meus olhos na sala que era iluminada
apenas por luzes neon e um jogo de luzes com direito a globo espelhado. Uma
cena não muito agradável acabei vendo, Everton e Gabriel juntos. Sim, Everton
estava sentado no colo de Gabriel e logo percebi que se tratava apenas de uma
brincadeira. A verdade é que eu sempre tive um carinho grande por Gabriel e não
sei o motivo disso por quê Gabriel nunca foi de fato interessante, nem fazia
meu tipo ou sei lá o quê, ele só conseguia me deixar com as pernas trêmulas.
–
Ei, George! –
Era a voz dele. Fingi que não ouvi, mas achei que seria indelicado com os
demais na mesa.
–
Oi, como vocês estão? – Me aproximei mantendo a boa conversa que sempre
tive com todos que eu conhecia, mas sempre com meu jeito afastado que não sei
ao certo como explicar.
– Na
medida, Gê. – Paula também estava lá e estava concluindo uma indagação
quando apontou para Everton. - Esse daí
já está bêbado como um viking. – Voltando minha atenção à Everton, lembrei o
que Gabriel teria dito alguns dias atrás sobre não ter condições de dar a
devida a Everton, que não passava de uma criatura mentirosa e oferecida.
Escolhi
sentar à mesa com eles e depois de uns momentos calado resolvi conversar com
Gabriel sobre as pessoas presente na festa.
–
Mas você sabe que a única pessoa que me interessa aqui é você, não é? – Ele
falou sussurrando em meu ouvido. Me senti estranho e ao mesmo tempo com uma
incrível vontade de beijar seus lábios. Virei o rosto como se não tivesse
ouvido aquilo, eu realmente me sentia um pouco estranho diante aquela situação
e escolhi uma maneira não muito madura para esquecer aquele momento.
Segurei
meu copo e entornei a garrafa de vodka em meu refrigerante, não consegui
segurar a ansiedade e tomei na mesma hora, repeti aquilo três vezes e acho que
estava bêbado. Eu nunca teria coragem de ir para o centro da pista, mesmo que
ela estivesse cheia como estava n’aquela noite. Todos de minha mesa foram para
a pista junto a mim.
– Vamos? – Paula me puxou
para o canto perto ao banheiro e mostrou que tinha cigarros.
Entrei
no banheiro e ela entrou logo em seguida sem trancar a porta. Por azar – ou
talvez sorte, Pamela entrou logo em seguida no banheiro juntamente a Gabriel. O
banheiro tinha o tamanho de um quartinho pequeno, mais precisamente, tinha o
tamanho de uma dispensa. Gabriel não suportava cigarro e também não tinha
nenhum cigarro, fiquei até me perguntando o que ele estava fazendo ali.
– Vocês deviam
parar de fumar, isso não leva ninguém a nada. – Foram as
últimas palavras de Gabriel, até que eu resolvi mandar ele se calar.
– Cala a boca e
me beija, Biel. –
Falei causando um certo espanto nas garotas que no momento que eu ficava de pé,
elas já estavam se agarrando e trocando carícias.
Certo.
Agora eu estava contra a parede e sendo pressionado na mesma por ele. Gabriel
sabia meus gostos e minhas vontades diferentes, roçava sua barba em meu pescoço
e proferia alguns beijos e chupadas em meu pescoço, era sutil, e aquilo estava
me deixando louco. Foi assim por bastante tempo, até que Fernanda – uma amiga
de Pam – resolveu precisar usar o banheiro. Saímos os quatro de lá de dentro
com um sorriso no rosto, eu estava cambaleando, mas conseguia disfarçar bem.
Passamos
o resto da festa sem nem nos falar direito.
Agora
era uma hora da manhã e estávamos sentados no banco da praça, o efeito da
bebida havia passado mas a memória resolveu ficar sem me deixar fazer nada
quanto a isso. Pam havia ido embora, junto aos outros convidados. Paula e Ramon
eram os únicos que estavam conosco no mesmo lugar. Deitei minha cabeça no colo
de Gabriel e fiquei acariciando sua barba enquanto observava ele conversar com seus
amigos e me dar rápidos beijos. Conversamos sobre tudo, até que chegou as três
da manhã e ele teve que ir junto a Ramon e Paula.
N’aquele
começo de dia, eu tomei banho e fui me deitar com uma coisa certa na cabeça: Eu
havia dado meu primeiro beijo. Mas precisava agir como se aquilo já tivesse
acontecido em diversos outros momentos.
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